quarta-feira, 26 de março de 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

"Brainstorming" a utilização do blogue com os alunos

Tendo em mente o blogue criado e aquilo que é a sua experiência profissional e vivência em sala de aula, como se imagina a usar o blogue com os alunos? Que limitações/dificuldades antecipa na sua utilização?
Posteriormente, discutiremos em conjunto, as várias propostas de uso do blogue. Por agora, vamos inventariar apenas uma listagem de possíveis utilizações.

A propósito desta discussão, aqui fica uma referência com interesse acerca de um estudo realizado há uns anos atrás: 
Um estudo sobre utilização de blogues escolares, em Portugal, Lina Fonseca e Maria João Gomes, U. Minho, 2007

Duas histórias...

Uma história “um aluno a quem foi pedido que fizesse um trabalho sobre tsunamis, entregou à professora de Geografia um texto sobre a marca de computadores Tsunami. O aluno limitou-se a escrever “tsunami”, clicou e copiou uma das primeiras referências indexadas na primeira página do Google.”

Num trabalho de investigação (Almeida, 2010) pode ler-se “Alguns [professores] propõem mapas com rotas predeterminadas, em que selecionam até onde os alunos podem e devem chegar, o que podem ler e em que ordem.Outros selecionam endereços, fazendo um site em rede local, não publicado, onde os alunos surfam, muitas vezes pensando que estão na Internet. Outros, ainda, extraem, eles mesmos, recortes de informações e oferecem aos alunos, que, por sua vez, fazem a montagem do material e consideram o resultado como um trabalho de pesquisa na Internet.”

Estes excertos refletem duas abordagens muito díspares ao trabalho de pesquisa na Internet. Comente uma ou as duas situações em termos do que vê como as suas virtudes e defeitos, do que deve ser o papel do professor e do aluno num trabalho desta natureza, do equilíbrio entre o controle e orientação que o professor deve dar a todo o processo.

Os estudos a seguir indicados têm algumas considerações a este respeito, caso queira aprofundar o assunto: “A Internet como instrumento de pesquisa na escola” e “A formação do aluno-pesquisador no ensino médio: o papel do professor frente ao uso da Internet nas pesquisas“.

A importância das boas questões: estratégias de pesquisa

Nem todas as questões se adequam ao trabalho de pesquisa na Internet. Estes devem ser claras, pertinentes e provocadoras, tão simples e contextualizadas quanto possível (com aula introdutória, por exemplo, dada pelo professor e/ou através de uma série de sub-questões relacionadas) e previamente testadas pelo professor.

Neste link, págs 216-219,  encontra-se uma lista de questões que foram usadas para um trabalho de pesquisa na Internet nas aulas de CFQ, no 7ºano de escolaridade.

Importa discutir com os alunos algumas estratégias e formas de localizar conteúdos específicos, para que se vá além da localização intuitiva e acidental e se efetuem pesquisas cada vez mais focadas e satisfatórias. Indicações para fazer uma boa pesquisa na Internet aqui e aqui.

Como manter a atenção?

A grande maioria dos serviços de blogue, assim como a maioria dos outros serviços Web 2.0, não foram criados com propósitos educativos.
O professor tem por isso menos controlo sobre o espaço dos alunos e sobre o que eles fazem durante a aula (facilmente podem desviar a atenção para a consulta de outros blogues off topic a partir do seu, usar serviços de MSN para falar com amigos, navegar para outros sites, etc…).
Como encara estas possibilidades e realidade na sala de aula “online”?
Será motivo para restringir a navegação na Internet ou a utilização do blogue em aula?
Como conseguir a atenção dos alunos?

PPTs da 1ª sessão

Para quem quiser rever o que abordámos na 1ª sessão do curso, aqui ficam os powerpoints exibidos.

Utilização de Blogues e Fóruns de Discussão em Contexto Letivo - parte I

Utilização de Blogues e Fóruns de Discussão em Contexto Letivo - parte II

terça-feira, 18 de março de 2014

Exemplos de blogues com os alunos

Os exemplos que aqui ficam são todos estrangeiros.... desculpem por isso. Ainda assim são todos inspiradores.
Fica o desafio de deixarem em comentários os links para os blogues educacionais que forem encontrando em língua portuguesa e que considerem ser um bom exemplo de como podem ser integrados na aula.

The Edublogger class blog list - lista de exemplos que inclui Matemática, Ciências, Inglês, Historia e mais.....

Matemática: I^2 Class blog, nivel secundário. É comum ver os professores de matemática incluírem vídeos instrucionais / tutoriais acerca de solving equations and problems como se vê neste post.
 A nível primário temos este: Our World, Our Numbers.
Inglês; English 10 Class blog use this same approach with high school English students.   Links to her student blogs are the avatars under English 10 Peeps in the right bar.  Watch her SlideRocket presentation which explains why she uses blogs and the process she uses to blog with students.
MyEC is a free online club for English language learners and teachers. Our “No Blog Left Behind” policy ensures that bloggers receive the support and encouragement they need to keep blogging. Find out how teachers and learners take part in monthly blog challenges together, and discover examples of how blogs can be used for all sorts of creative activities.

Mapas conceptuais

Os mapas concetuais são esquemas que ajudam a clarificar o modo como os alunos relacionam os diferentes conceitos.
Os dois programas seguintes ajudam a fazer mapas de forma muito completa (adicionando fotos, vídeos ou links para documentos, no âmbito de cada conceito) e visualmente apelativa. Os alunos vão adorar! ;)

Popplet: http://popplet.com/ (com aplicação para ipad, o que o torna mais interessante, já que os alunos usam cada vez mais o telemóvel para tudo!!)

Bubbl.us: https://bubbl.us/

Uma vez criados, os mapas podem ser inseridos num site, num blogue ou exportados em formatos  .jpg ou  .pdf.  

Wolfram Alpha, mais que um motor de busca!

O Wolfram Alpha é uma base de dados que cobre um largo espectro de áreas do conhecimento e que face a um cálculo ou informação pretendida dá mais que uma listagem de links com informação potencialmente útil. Na realidade o Wolfram Alpha faz cálculos, dá os factos, números, imagens, gráficos relacionados com a informação pedida. Mais que uma enciclopédia é uma ferramenta indispensável a quem estuda e trabalha em ciência.

Exemplos para todas as disciplinas: http://www.wolframalpha.com/examples/

Exemplos para Física:
Calcular trabalho: http://www.wolframalpha.com/input/?i=work+F%3D30N%2C+d%3D100m&lk=3
Lei de Ohm (cálculo): http://www.wolframalpha.com/input/?i=Ohm%27s+law+calculator&lk=3
Lei de joule: http://www.wolframalpha.com/input/?i=Joule%27s+law+u%3D3V%2C+R%3D1ohm+for+10s&lk=3
Processos adiabáticos: http://www.wolframalpha.com/input/?i=adiabatic+process+Vi%3D10L%2C+Vf%3D2L%2C+pi%3D1atm&lk=3
Calcular momento relativistico: http://www.wolframalpha.com/input/?i=relativistic+momentum+electron%2C+0.8c&lk=3

Exemplos para Química:
Isótopos: http://www.wolframalpha.com/input/?i=iodine+131&lk=3
Espectros: http://www.wolframalpha.com/input/?i=atomic+spectrum+of+nitrogen&lk=3
Substâncias químicas complicadas: http://www.wolframalpha.com/input/?i=eicosapentaenoic+acid&lk=3
Acertar equações químicas: http://www.wolframalpha.com/input/?i=Al+%2B+O2+-%3E+Al2O3&lk=3
Estruturas tridimensionais: http://www.wolframalpha.com/input/?i=3D+structure+of+ibuprofen&lk=3
Propriedades de uma certa massa de composto: http://www.wolframalpha.com/input/?i=500mg+of+silver+nitrate&lk=3
Cálculo de hibridações dos compostos: http://www.wolframalpha.com/input/?i=trimethylamine+hybridization&lk=3
Efeito aditivo das cores: http://www.wolframalpha.com/input/?i=2+red+%2B+0.5+light+orange+%2B+0.3+brown&lk=3


Ora, se faz os cálculos e apresenta respostas concretas e factos…  em que contextos antevê ou sugere o seu uso com os alunos? Em que abordagens poderá ser útil o seu uso?

Learnboost + Google ask: as tarefas administrativas online

Um pouco off topic, no entanto não queria deixar de partilhar convosco este serviço que oferece ao professor a possibilidade de fazer grande parte da gestão das suas turmas online, permite albergar planos de aula e ter acesso a outros, suporta um serviço que suporta a comunicação com os pais e está diretamente ligado ao Google Apps. Além do mais, é grátis!
Estou a falar do Learnboost, que tem versão em português. Explicação de cada uma das funcionalidades que tem aqui. Destaco a possibilidade de integrar as ferramentas do Learnboost com as do Google apps, e ficar com tudo à distância de um clic, na barra de navegação do nosso browser (basta ter uma conta Google).
Uma possível alternativa às nossas folhas de excel. Resta ver se igualmente eficiente e se tanta funcionalidades facilitam, de facto, a vida do professor.

A pesquisa na Internet como estratégia de aprendizagem

Em anexo o artigo de um estudo de caso realizado com uma turma de 7º ano, nas aulas de CFQ.
Ao longo de quase seis meses os alunos aprenderam com base na pesquisa na Internet e utilização de um blogue de turma. Todo o processo foi acompanhado de perto pelo professor que orientou os alunos quer na pesquisa, quer na escrita e comentários de textos. Intercaladas, existiram sessões de discussão em turma e algumas aulas de paragem para contextualização e aprofundamento de alguns conceitos.
O estudo completo, assim como os materiais de apoio podem ser encontrados aqui.
O blogue produzido pela turma, como resultado do trabalho desenvolvido pode ser encontrado aqui.

Ensinar a comentar posts do blogue

Os comentários aos post de um blogue são aquilo que dá vida ao blogue. É na secção de comentários que se processa interação com os leitores do blogue, é onde estes também se tornam autores e novas colaborações podem surgir.
Não será de mais explicar e clarificar aos alunos uns quantos princípios básicos acerca de como devem comentar os posts num blogue.
Podem, por exemplo, fazer um poster para afixar na sala de aula ou colocar o link em evidência na barra lateral do blogue da turma.
Outro aspeto a ter em conta é a opção em termos da moderação dos comentários. Sugere-se optar sempre pela moderação antes de serem publicados!


Como fazer um comentário a um post 
  1. Lê com atenção o post que terás de comentar. 
  2. Emite a tua impressão geral acerca do post: concordas com o que é dito, porquê.
  3. Tenta estabelecer relações com outros assuntos ou situações.
  4. Se possível termina deixando uma questão no ar que incentive à continuação da discussão.
  5. Sê claro. Usa frases curtas e simples. Não te repitas. A linguagem deve ser correta do ponto de vista científico.
  6. Se consultares algumas fontes para escrever o comentário, indica-as.
  7. O tom deve ser cordial e educado, começando e terminando com saudações adequadas.
  8. Tenta apresentar informações adicionais, ideias novas.

Orientar a escrita dos primeiros posts

Ensinar a comentar e a escrever novas entradas no blogue, é uma actividade fundamental para que os alunos compreendam concretamente o que lhes é pedido. Eventualmente, quando pretendermos usar o blogue em que os alunos vão além da consulta de recursos ou do comentário aos post do professor, deverá ser feita pelo menos uma aula, em que a partir de uma texto base (por exemplo um artigo de jornal, de uma revista cientifica ou de qq outro elemento) os alunos tenham de escrever um texto, fornecer um guião sobre a estruturação/desenvolvimento desse mesmo texto. Se quisermos ser mais cautelosos, podemos produzir os primeiros textos em co-autoria com os alunos, para que estes ganhem confiança neste tipo de escrita.
Partilho convosco um documento que fiz há uns bons anos e que pretendia orientar os alunos quanto à forma como deviam orientar a escrita do seu artigo para o blogue da turma.  De certo terão documentos melhores ou mais completos ou, simplesmente, diferentes. Seria uma boa ideia partilharmos, pois seriam um ótimo recurso para todos os que quiserem desenvolver este tipo de atividade com os alunos.
Atenção, mais uma vez, só entregar o documento não basta. É muito importante treinar com eles. Uma aula que não será certamente tempo perdido, sobretudo, se quisermos desenvolver e sustentar este tipo de actividade, por parte dos alunos.


Guião para redação de um texto de opinião (comentar um artigo científico) 
Para comentares o artigo que te foi atribuído deves ter em atenção as seguintes orientações:
- Lê com atenção e anota o artigo que terás de comentar. Sem um bom conhecimento do conteúdo do artigo será difícil escrever um bom comentário; 
- Identifica claramente o tema central do artigo e o ponto de vista que o seu autor apresenta, em que evidências se baseia para sustentar o seu argumento. Usa palavras tuas; 
- Emite a tua impressão geral acerca do artigo: concordas com o que é dito, porquê; até que ponto o artigo é polémico ou apresenta informações, ideias novas; consideras o artigo pertinente, porquê;
- Para concluir o comentário faz uma referência final acerca da utilidade global do artigo, a quem recomendarias (poderia interessar) este artigo e porquê; 
- Outra pessoa que leia o teu comentário deve ficar com uma boa compreensão acerca do que fala o artigo e da mensagem que veicula. Além do mais, deve ficar claro para essa pessoa qual a tua opinião relativamente a esse assunto e em que fundamentos teóricos te baseias para emiti-la; 
- Sê claro. Usa frases curtas e simples. A linguagem deve ser correta do ponto de vista científico. Se consultares algumas fontes para escrever o comentário, indica-as no final do mesmo.

segunda-feira, 17 de março de 2014

O dilema...




Usar porquê? Para quê?

Como e quando?

Possibilidades e limitações?

Ao longo do curso iremos, através das nossas publicações e comentários,tentar encontrar resposta a estas questões e,eventualmente, levantar outras!  

O desafio: apresentar e discutir propostas de trabalho que façam uso integrado da pesquisa na internet e do blogue, em sala de aula. A condição é que, do vosso ponto de vista, sejam viáveis em contexto letivo (que gostassem de as implementar nas vossas aulas). A abrangência das propostas pode ser diversa, desde circunscrita ao âmbito da turma, até inter-turmas, inter-escolas, turma-comunidade cientifica exterior à escola, … Sempre numa perspetiva de lecionar o programa  e não tanto como algo extra, que consuma tempo que não temos e comprometa o “obrigatório”.  Também podem partilhar algo que já tenham feito neste contexto e queiram sugerir ou problematizar.

Então, vamos ao trabalho! Que seja cativante para todos e possa enriquecer as nossas práticas educativas!